sábado, 23 de janeiro de 2010

GP BRASIL 1987 - 1ºGP BRASIL A GENTE NUNCA ESQUECE!

Estou repetindo a postagem do GP Brasil de 1987 pois finalmente apareceu o filme no Youtube:
Em 1986 vi a vitória de Grimaldi para cima do Bowling no GP Brasil em casa, pois meu pai não me levou alegando que o Hipódromo da Gávea estaria muito cheio. O Grande Prêmio Brasil de 1987 foi o meu primeiro. Eu estava com 10 anos. E com certeza vai ficar marcado em minha memória o resto da vida. E aí vai uma pequena reconstituição da grande carreira!

Campo da prova (programa oficial do jockey):

Não correram: Monroe (8), Festival (8'), Curriculun Vitae (11') e Carrara Marble (12).



Assista o páreo:


Boa partida, dada com atraso de 32 minutos. Breitner, do segundo boxe, sai na frente. Junto à cerca interna, o ligeiro Tiago, montaria de Albênzio Barroso, é exigido para pouco depois tomar a ponta. Jive, que largara praticamente no meio da pista, avança e se aproxima do ponteiro. A égua Classista é a quarta, enquanto Bat Masterson, quase por fora de todos avança para correr entre os ponteiros. O tordilho Bowling, terceiro a partir da direita, fica logo no grupo dos últimos, juntamente com o argentino Larabee, com o Goncinha, que logo depois tratou de levar seu conduzido para as balizas de dentro.





Os competidores vistos de trás, ao passarem a primeira vez pelo disco. Bowling aparece por dentro entre os últimos. Na frente, encobertos, Tiago, já liderando, assediado por Jive, Breitner e Explorador. Brown Tiger, com Gabriel Menezes, também se junta na briga pela ponta. Bat Masterson, com Ricardinho "up", faz a curva um pouco aberto tentando se aproximar dos ponteiros.


Na entrada da reta oposta, Albênzio Barroso, por dentro, levanta Tiago e mas por fora, com a farda verde, Brown Tiger vai para a ponta. O train de carreira torna-se mais vivo. Jive aparece em terceiro com Bat Masterson já aparecendo em quarto. Em quinto, colado a cerca interna, vem Breitner com Reizinho. E logo atrás também junto a cerca interna nota-se o avanço de Corto Maltese. Nessa altura o tordilho Bowling já havia sobrado para a última posição, e o Juvenal mantinha-o sempre por dentro, o caminho mais curto.


No final da grande curva Brown Tiger por dentro briga com Jive. Em terceiro já aparece Bat Masterson superando Tiago, que já abandona a luta pelas principais posições. Larabee, blusa laranja e boné preto, começa a avançar. Bowling, de cara torta, havia superado apenas a tordilha peruana Cabinas, o nacional Anseio e o uruguaio Brullemail. E Juvenal procura uma brecha para a arrancada fulminante do tordilho. A sua frente, seis animais formavam uma barreira. Foi obrigado a trazer o cavalo ligeiramente para dentro. Só achou passagem nos 300 metros finais.





Na metade da reta o Grande Prêmio Brasil de 1987 começa a se definir. Brown Tiger começa a esmorecer. Breitner vai para a ponta, livrando vantagem sobre Jive, que começa a pular no mesmo lugar dando por encerrada sua missão na grande carreira. Mais por fora Classista progride. A outra égua, Radnage, tenta atropelar por dentro. E Bowling começa sua atropelada, passando por dentro de Grimaldi, que ia de Ivan Quintana, e que o havia derrotado no ano anterior, mas que já ía apanhando sem render muito e mostrando que não tinha fôlego para tentar o bicampeonato. Bat Masterson está logo atrás de Breitner, apresentando sinais de que não seria com ele a primeira vitória de Jorge Ricardo no Grande Prêmio Brasil.





Breitner livra 1 corpo de vantagem e dá ao Reizinho a sensação de que poderia vencer a prova mesmo sem contar com o craque Itajara. Bowling inicia a arrancada final, atropelando junto com o argentino Larabee, com Goncinha. Os dois dominam Breitner, mas no rigor do Juvenal, o tordilho traz mais ação e mostra que ninguém tiraria o tetra do alagoano.






Nos 50 metros finais, Goncinha sentiu que a resistência de seu Larabee tinha acabado. E o Juvenal, que havia mostrado uma energia incomum a partir dos últimos 300 metros, só parou de tocar Bowling nos últimos 20 metros. Aí foi a explosão de alegria: levantou o chicote com o braço direito, ficou de pé nos estribos e fez o sinal da cruz. Estava ali o primeiro tetracampeão do Grande Prêmio Brasil, que mais tarde com o "lourinho" Flying Finn seria penta. Breitner apanhou até o fim para resistir à Corto Maltese e à atropelada da égua Classista.






Resultado Oficial:

1ºBowling, J.M.Silva

2ºLarabee, G.F.Almeida

3ºBreitner, J.F.Reis

4ºCorto Maltese, C.Canuto

5ºClassista, P.Cardoso

6ºGrimaldi, I.Quintana

7ºRadnage, F.Pereira Fº

8ºBat Masterson, J.Ricardo

9ºJive, E.R.Ferreira

10ºItapé, J.Pessanha

11ºBrown Tiger, G.Menezes

12ºTiago, A.Barroso

13ºKeagravo, G.Assis

14ºExplorador, A.Morales

15ºCabinas, J.Herrera

16ºBrullemail, O.Taramasco

17ºAnseio, L.A.Pereira

E aí, não é inesquecível?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

GP SÃO PAULO 1994 - MUCH BETTER DERROTA VOMAGE

Dia 1ºde maio de 1994, uma data inesquecível para o povo brasileiro, pois nesse dia morreu um dos maiores ídolos do esporte brasileiro : Ayrton Senna. Eu então com 16 anos estava em SP para assistir meu terceiro GP São Paulo ao vivo. A força indiscutível da competição era o craque Much Better, que vinha de uma derrota incrível no Pelegrinni de 93 para o peruano Laredo e de uma vitória sensacional no Latinoamericano em La Plata já em 94. Ricardinho vinha de 3 derrotas na mesma prova nos 3 anos anteriores (2 com Falcon Jet e 1 com April Trip). Os paulistas apostavam em Tallon que vinha ganhando tudo; em Piá-Vovô que trazia em seu retrospecto a vitória no Derby Paulista; em Vekrezo que sempre chegava nas provas clássicas e em Vomage que tentava o bi.
MUCH BETTER

RICARDINHO APÓS PERDER O PELLEGRINNI EM 93


VOMAGE


VEKREZO


TALLON


Programa oficial:




Assista a reta final do páreo na narração de Ernani Pires Ferreira:



Não foi fácil, pois o Ricardinho teve que dar tudo do animal para dominar o Vomage que por pouco não se sagrou bicampeão. Vekrezo foi o terceiro perto.